O Supremo Tribunal Federal (STF) entrou nesta terça-feira (10/6) no segundo dia de depoimentos dos réus do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de estado em 2022. Pela manhã, os ministros ouviram o almirante Almir Garnier, que era comandante da Marinha no governo de Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro.
Nessa segunda-feira (9/6), primeiro dia dos depoimentos, o primeiro a ser interrogado foi o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid respondeu às perguntas dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luiz Fux, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e dos advogados de defesa dos oito réus.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirmou a existência da trama golpista. Disse que teve o à chamada minuta do golpe, e que Bolsonaro participou da elaboração desse documento, que listava possíveis intervenções no STF, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nas próprias eleições.
Mauro Cid também falou sobre a principal preocupação de Bolsonaro, que era encontrar fraudes nas urnas eletrônicas, o que não aconteceu.
Alexandre Ramagem 453c4k
O segundo a responder as perguntas dos ministros do STF foi Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Questionado por Moraes se ele tinha sido autor de um arquivo que atacava a credibilidade das urnas eletrônicas, Ramagem itiu que sim, mas negou que tenha enviado o material a Bolsonaro. Ele também negou que tenha usado a estrutura da Abin para monitorar autoridades.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.